
No Brasil o consumo de água per capita multiplicou-se por mais de dez ao longo do século 20. Mesmo assim existem milhões de cidadãos sem acesso a água de qualidade. Da mesma forma milhões de casas não tem rede de esgotos.
É necessário um investimento significativo, por parte das autoridades, neste setor. Se este investimento não for efetuado, em pouco tempo teremos o caos social derivado pela falta d'água. Neste caso o grande culpado será, mais uma vez, a falta de previsão e de investimentos do setor público e não o cidadão.
Já, nos outros países onde além do problema de gerenciamento existe a falta de reservas de água o problema poderá ser, realmente, gravíssimo no futuro próximo.
A tecnologia mais promissora é a dessalinização da água dos mares e lagos salgados, que pode ser feita por meio da filtragem ou da destilação da água em usinas. De 1980 ao ano 2000, o preço do metro cúbico de água do mar dessalinizada diminuiu de 5,50 dólares para 55 centavos de dólar, e este parece ser o método que será o mais adotado.
Outras soluções são a cobertura de encostas e áreas com plásticos para a captação de orvalho e chuva e seu armazenamento em cisternas, além do tratamento da água usada para ser reutilizada, a chamada água de reúso.
A água no Brasil
O nosso país, conforme dito, é privilegiado. Temos gigantescas reservas de água praticamente em todos os Estados com exceção dos situados no semi-árido do Nordeste.
Isso não é nenhuma novidade!
O que a maioria não sabe é que existem reservas simplesmente gigantescas, maiores ainda que aquelas contidas nos rios e lagos de superfície. São as reservas dos aquíferos subterrâneos.
O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo. Os 70% da água disponível para uso estão localizadas na Região Amazônica, que representa apenas 7% da população do País. Enquanto que os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender os 93% restantes. Estima-se que 51% do abastecimento de água no Brasil são feitos por captações subterrâneas através de 200.000 poços tubulares e mais de 1 milhão de poços/cacimbas. A ausência de controle sobre as diversas atividades do homem (práticas domésticas, agrícola e comercial) modificadoras dos mecanismos de reposição natural da água, principalmente dos recursos hídricos subterrâneos, denotam a importância da regulamentação e controle sobre os nossos recursos.
No Brasil, 92,7% das residências têm rede da água potável segundo dados do Ministério das Cidades. "Mas no nordeste o sistema de abastecimento não consegue garantir água todo dia", diz o diretor da Agência Nacional de Águas, Benedito Braga. No que diz respeito à rede de esgoto, a situação é oposta. Apenas 37,7% dos domicílios estão ligados à rede de coleta. O resto é lançado nos rios e no mar. É essa poluição - somada aos dejetos industriais - que está na base da crise da água. Atualmente, estima-se que haja 120 mil km³ de água contaminada no mundo - uma quantidade maior do que o total existente nas dez maiores baciais hidrográficas do planeta. Se o ritmo de contaminação não se alterar, o número pode chegar aos 180 mil km³ em 2050. Segundo a ONU, um litro de água com dejetos contamina oito litros de água pura. "De todas as crises sociais e naturais que os seres humanos devem enfrentar, a dos recursos hídricos é a que mais afeta a nossa própria sobrevivência e a do planeta", afirma o diretor geral da Unesco, Koichiro Matsuura.

É necessário um investimento significativo, por parte das autoridades, neste setor. Se este investimento não for efetuado, em pouco tempo teremos o caos social derivado pela falta d'água. Neste caso o grande culpado será, mais uma vez, a falta de previsão e de investimentos do setor público e não o cidadão.
Já, nos outros países onde além do problema de gerenciamento existe a falta de reservas de água o problema poderá ser, realmente, gravíssimo no futuro próximo.
A tecnologia mais promissora é a dessalinização da água dos mares e lagos salgados, que pode ser feita por meio da filtragem ou da destilação da água em usinas. De 1980 ao ano 2000, o preço do metro cúbico de água do mar dessalinizada diminuiu de 5,50 dólares para 55 centavos de dólar, e este parece ser o método que será o mais adotado.
Outras soluções são a cobertura de encostas e áreas com plásticos para a captação de orvalho e chuva e seu armazenamento em cisternas, além do tratamento da água usada para ser reutilizada, a chamada água de reúso.
A água no Brasil
O nosso país, conforme dito, é privilegiado. Temos gigantescas reservas de água praticamente em todos os Estados com exceção dos situados no semi-árido do Nordeste.
Isso não é nenhuma novidade!
O que a maioria não sabe é que existem reservas simplesmente gigantescas, maiores ainda que aquelas contidas nos rios e lagos de superfície. São as reservas dos aquíferos subterrâneos.
O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo. Os 70% da água disponível para uso estão localizadas na Região Amazônica, que representa apenas 7% da população do País. Enquanto que os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender os 93% restantes. Estima-se que 51% do abastecimento de água no Brasil são feitos por captações subterrâneas através de 200.000 poços tubulares e mais de 1 milhão de poços/cacimbas. A ausência de controle sobre as diversas atividades do homem (práticas domésticas, agrícola e comercial) modificadoras dos mecanismos de reposição natural da água, principalmente dos recursos hídricos subterrâneos, denotam a importância da regulamentação e controle sobre os nossos recursos.
No Brasil, 92,7% das residências têm rede da água potável segundo dados do Ministério das Cidades. "Mas no nordeste o sistema de abastecimento não consegue garantir água todo dia", diz o diretor da Agência Nacional de Águas, Benedito Braga. No que diz respeito à rede de esgoto, a situação é oposta. Apenas 37,7% dos domicílios estão ligados à rede de coleta. O resto é lançado nos rios e no mar. É essa poluição - somada aos dejetos industriais - que está na base da crise da água. Atualmente, estima-se que haja 120 mil km³ de água contaminada no mundo - uma quantidade maior do que o total existente nas dez maiores baciais hidrográficas do planeta. Se o ritmo de contaminação não se alterar, o número pode chegar aos 180 mil km³ em 2050. Segundo a ONU, um litro de água com dejetos contamina oito litros de água pura. "De todas as crises sociais e naturais que os seres humanos devem enfrentar, a dos recursos hídricos é a que mais afeta a nossa própria sobrevivência e a do planeta", afirma o diretor geral da Unesco, Koichiro Matsuura.

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